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A História de Jacó

02 de Agosto de 2016


Escrito por Silvano Sá da Costa   
10-Mar-2008
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 - silvaclarimi@yahoo.com.br
                                                                          
Sendo também aconselhado por seu pai, Jacó sai a caminho de Padã-Arã. E indo a Harã, Jacó parou num lugar onde passou a noite. E lá, deitando-se, teve um sonho: uma escada que era posta na terra, cujo topo tocava nos céus e os anjos subiam e desciam por ela. E levantando-se pela manhã, tomou a pedra que tinha posto por cabeceira e derramou azeite sobre ela. E chamou o nome daquele lugar por Betel, onde antes era chamado de Luz.

Quando Jacó saiu de Luz, foi-se à terra dos filhos do Oriente e chegou junto a um poço no campo e viu que três rebanhos de ovelhas estavam deitados junto a ele; porque daquele poço davam de beber aos rebanhos. E havia uma grande pedra sobre a boca do poço. E ajuntavam ali todos os rebanhos e removiam a pedra sobre o poço e davam de beber às ovelhas e tornavam a pôr a pedra no seu devido lugar. E perguntando para os pastores que ali estavam se conheciam Labão, filho de Naor, disseram que conheciam e encontrava-se ali uma das suas filhas, por nome de Raquel, que trazia as ovelhas de seu pai, pois era pastora.
 
E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel, revolveu a pedra de sobre a boca do poço e deu de beber às ovelhas de Labão e beijando Raquel, levantou a sua voz e chorou, anunciando quem era. Ao ouvir as palavras de Jacó, Raquel, sua prima, foi anunciar ao seu pai, que veio ao encontro de Jacó, o qual abraçou-o e beijou-o, levando-o para sua casa.

E Jacó ficou na casa do seu tio durante um mês inteiro e sendo interrogado por Labão qual seria o teu salário para que trabalhasse para ele, respondeu que serviria a Labão durante sete anos por Raquel. E aconteceu que ao fim dos sete anos, Jacó pediu ao Labão que concedesse sua filha Raquel por esposa. Então Labão ajuntou todos os varões daquele lugar e fez um banquete e à tarde, trouxe a Jacó sua filha Léia. E aconteceu que, pela manhã, vendo Jacó que havia deitado com Léia, veio reclamar ao seu tio Labão; porém este disse que o costume do lugar era que sempre a primogênita é dada primeiro.

E assim, cumprindo-se uma semana, Jacó recebeu Raquel por esposa e trabalhou mais sete anos por ela. E Léia gerou filhos a Jacó, porém Raquel era estéril. O primeiro filho de Léia foi Rúben, o segundo: Simeão, o terceiro: Levi, o quarto: Judá. E cessou de ter filhos. E vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, deu-lhe sua serva Bilha por mulher, a qual concebeu a Dã e, novamente concebendo, gerou a Naftali. Léia, que havia cessado de ter filhos, deu sua serva Zilpa por esposa a Jacó, que concebeu a Gade e depois a Aser. E Léia teve outro filho com Jacó, e pôs o nome de Issacar e novamente concebendo, gerou a Zebulom; depois teve uma filha, que se chamou Diná. E lembrou Deus de Raquel, ouvindo seu clamor, abriu-lhe a madre e ela concebeu um filho, chamado José.

Depois disso, Jacó saiu da terra do seu sogro e fugiu com suas mulheres e filhos  e toda a sua fazenda para a terra de Canaã, onde morava seu pai Isaque. E no terceiro dia, foi anunciado a Labão que Jacó tinha fugido e tomando consigo os seus irmãos, seguiu atrás dele por sete dias e o alcançou na montanha de Gileade, onde haviam armado suas tendas. E lá se contenderam por causa de ídolos que Raquel havia furtado, porém não os achou. E depois de terem conversado, Jacó e Labão fizeram um pacto sobre um montão de pedras e pela madrugada, Labão tornou à Padã-Arã.

O reencontro de Jacó e Esaú

Quando Jacó dirigia-se à Canaã, mandou mensageiros à terra de Seir, território de Edom, pois temia Esaú, seu irmão. E mandou-lhe um presente: duzentas cabras, vinte bodes, duzentas ovelhas, vinte carneiros, trinta camelas de leite com suas crias, quarenta vacas, dez novilhos, vinte jumentas e dez jumentinhos. E deu-os na mão dos seus servos. E levantou-se aquela mesma noite e tomou as suas mulheres e os seus onze filhos e passou o vau de Jaboque. E passando eles, Jacó ficou só e lutou com ele um varão, até que a alva subia. E vendo que não prevalecia, tocou a juntura da coxa de Jacó, que se deslocou. O anjo disse para que o deixasse ir, porém Jacó respondeu que só o deixaria se o abençoasse. Então disse o anjo que não seria mais chamado de Jacó, mas por Israel, pois como príncipe havia lutado com Deus e com os homens e havia prevalecido. E Jacó chamou aquele lugar de Peniel.

Jacó levantou os seus olhos e viu que vinha Esaú e quatrocentos homens com ele. Então repartiu os filhos entre Léia e Raquel e as duas servas. E pôs as servas e seus filhos na frente e Léia e seus filhos atrás, porém a Raquel e José os derradeiros. E ele mesmo passou adiante dele e inclinou-se na terra sete vezes, até que chegou a seu irmão Esaú, que correu-lhe ao encontro e abraçou-o e lançou-se sobre o seu pescoço e beijou-o; e choraram.

Depois levantou os seus olhos e viu as mulheres e os meninos. E assim tornou Esaú aquele dia pelo seu caminho a Seir e Jacó partiu para Sucote e edificou para si uma casa; e fez cabanas para o seu gado. Depois Jacó dirigiu-se para a cidade de Siquém, na terra de Canaã e fez o seu assento diante da cidade, comprando uma parte do campo em que estendera a sua tenda da mão dos filhos de Hemor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro, levantando ali um altar.

Saiu Diná, filha de Léia, a ver as filhas da terra e Siquém, filho de Hemor, príncipe daquela terra, viu-a e deitou-se com ela. E amou a moça e falou com ela afetuosamente, falando também com seu pai para que tomasse para ele por mulher.
Quando Jacó soube que a sua filha fora contaminada, estavam os seus filhos no campo com o gado; e calou-se Jacó até que viessem. E veio Hemor para falar com Jacó sobre a intenção de Siquém em casar-se com Diná. E vindo os filhos de Jacó do campo, entristeceram-se e iraram-se muito. Então Hemor pediu que aparentassem com eles e habitassem em suas terras. Os filhos de Jacó propuseram a ele a circuncisão. E vieram Hemor e Siquém, juntamente com habitantes da cidade e circuncidaram-se. No entanto, ao terceiro dia, dois filhos de Jacó – Simeão e Levi – tomaram cada um a sua espada e entraram na cidade, matando todo o macho, inclusive Hemor e Siquém e tomaram Diná; saquearam também a cidade, tomando ovelhas, vacas, jumentos e toda a fazenda que encontraram, trazendo presos os meninos e mulheres.
      
Depois disto, Jacó habitou em Betel (Luz) e edificou ali um altar, chamando aquele lugar de El-Betel. E ali morreu Débora, ama de Rebeca, e foi sepultada debaixo de um carvalho, cujo nome chamou Alom-Bacute. O Senhor Deus outra vez a Jacó e abençoou-o. E naquele lugar, Jacó pôs uma coluna de pedra e derramou sobre ela uma libação e azeite, chamando aquele lugar de Betel.

Partiram de Betel e faltava um pequeno espaço de terra para chegarem e Efrata, quando Raquel teve trabalho em seu parto, vindo a morrer. Concebendo então um filho, foi chamado de Benoni, porém Jacó o chamou de Benjamim. Raquel foi sepultada no caminho de Efrata (Belém) e Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura. E saindo dali, Jacó estendeu a sua tenda em Midgal Eder. E aconteceu que ali, certo dia, foi Rúben e deitou-se com Bilha, serva de Raquel, concubina de seu pai, que soube do acontecido. Depois disto, Jacó veio a seu pai Isaque em Manre, E Isaque morreu com cento e oitenta anos e foi sepultado por seus filhos Esaú e Jacó.

Os filhos de Jacó foram divididos em doze tribos, os quais povoaram a terra. Na Bíblia são relatados nomes de pessoas que pertenciam a uma determinada tribo, porém, não conseguimos muitas vezes determinar todos os seus antepassados até chegarmos no nome de um dos filhos de Jacó.

Nesse caso, a história até agora relatada terá a sua continuidade, iniciando um novo rumo aos acontecimentos, focando outras localidades, antes mencionadas brevemente (terra do Egito, onde esteve Abraão e Isaque), numa história muito importante para o cumprimento da palavra que disse o Senhor Deus a Abraão (Gênesis 15:13-16).

Atualizado em ( 18-Jan-2013 )
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