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A Responsabilidade Conjugal

21 de Março de 2013

Tiago de Oliveira   

tiago9772@yahoo.com.br

sadoutrina.org - Biblioteca Digital - Trabalhos

Segundo as Escrituras Sagradas, Deus, nosso Senhor, é o Criador do céu, da terra, das águas e de tudo que neles existem.  Criou portanto o homem e a mulher e, por conseguinte, o matrimonio entre eles.

Esta Obra Divina, é a responsável por perpetuar a humanidade até os dias de hoje. Tanto que em todo o mundo ainda se utiliza desta prática.

O casamento (ou matrimonio) é regulamentado pelas leis de cada país, mas com base na estrutura da humanidade, que tem sua pedra fundamental lá na criação do mundo, quando Deus criou o homem - Adão e a mulher - Eva. Fundamento este confirmado por Cristo e pelos Apóstolos. Daí então, o casamento cristão.

Apesar de todo o seu valor e importância, o mundo através do inimigo de Deus, vem nos últimos tempos tentando descaracterizar esta, que desde sempre, é a mais sublime das instituições. Criando formas de desfazê-la a qualquer pretexto, sem o menor pudor, a despeito dos terríveis desajustes decorrentes. (Ou seja, ignoram-se as terríveis conseqüências de uma família desfeita: para o homem, para a mulher, para os filhos, para os familiares, para a sociedade, para a humanidade e principalmente para a relação do ser humano para com Deus, criador de todos à sua imagem e semelhança).
 
O objetivo deste trabalho é abordar este assunto focando a “Responsabilidade” de cada um nesse contexto.
 
AdoçãoCasamento x Adoção – o que isso tem a ver?

O casamento cristão se compara a “adoção” (de uma criança, por exemplo). Quando se adota uma criança, você se torna responsável por ela. Você assume, perante a lei do país, a obrigação de cuidar dela da melhor maneira possível, pelo menos até a sua maioridade.

No casamento Cristão, essa “adoção” vai muito alem. Quando você assume o casamento, está se comprometendo a cuidar da pessoa escolhida, não apenas por um tempo, mas pelo resto de suas vidas.

A diferença é que a adoção de uma criança é irrevogável perante as leis do país. Já o casamento, segundo as leis materiais, já pode ser desfeito a qualquer momento através do divórcio.

Mas e perante Deus?
 
Responsabilidade:

No casamento cristão, cada um se torna responsável pelo seu cônjuge, enquanto ambos viverem. Não pode jamais abandoná-lo, pois estaria colocando a pessoa a quem prometera tanto amar, em estado extremo de vulnerabilidade e desamparoExposto, portanto ao perigo iminente.

Paulo escreveu: - ...bom seria que o homem não tocasse em mulher; mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido”.       – I Cor.7:1/2

Disse Jesus: - Qualquer que deixa sua mulher e casa com outra adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também. - Lucas 16:18

Caso isso ocorra, certamente recai sobre si não somente a sua perdição, mas também a responsabilidade pela perdição do seu cônjuge, pois Jesus disse ainda: - “Eu porem vos digo, que qualquer que repudiar a sua mulher,a não ser por causa de prostituição,  faz que ela cometa adultério”.  - Mat.5:32

Paulo prossegue: - Não erreis: nem os devassos, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadoresherdarão o reino de Deus.  1 Coríntios 6:10

O casamento não pode jamais ser desfeito. Nenhum dos dois tem o direito de abandonar o seu cônjuge, tampouco pode comprometer a si próprio com a concupiscência da carne, considerada, segundo os próprios preceitos Divinos, como fator impeditivo para o prosseguimento do matrimonio cristão, (Ou seja, se você se envolve com outra pessoa, o seu cônjuge está impedido de dar prosseguimento no matrimônio). Como Jesus disse: ( ... a não ser por causa de prostituição).

Observe o tamanho de sua responsabilidade.

Disse Jesus: - Deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois numa carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem. - Mat. 19: 5 e 6:

Se fraquejar no meio do caminho, como ficará a sua situação?

Como considerar a sua atitude ao fazer a promessa de amar para sempre?

Teria sido uma atitude mentirosa? Covarde? Falsa? Irresponsável? Ou a soma de tudo isso?

Ou você teria sido simplesmente vítima do maligno?

A grande bandeira de luta nesta causa é “fechar as portas ao inimigo”.

Mas lembre-se: Após o inimigo entrar, será muito difícil arranca-lo.

É preciso haver por parte do casal, vigilância constante,
 
Para nos ajudar nessa missão, alguns ingredientes devem fazer parte de nossa vida constantemente. Dentre eles destacamos: a honradez, a doação, a parceria, o investimento, a humildade e submissão, a cumplicidade, a maturidade, a prudência e a altivez, como vemos a seguir:
 
Honradez – o homem (ou a mulher) que se preza, não mede esforços no sentido de manter a sua honra. É preciso honrar seus compromissos assumidos diante de outras pessoas e, é claro, diante de Deus. Dentre os compromissos mais importantes, certamente enquadra-se o casamento.
 
Pois diante da pessoa escolhida, você prometera seu eterno amor. Na mais sublime cerimônia que um (a) jovem Cristão (ã) pode esperar em toda a sua vida. Promessa esta, celebrada íntima e publicamente, sobretudo perante Deus, em caráter definitivo e irrevogável: Amar, cuidar, na saúde ou na doença, na alegria ou na dor. Ser companheiro (a) fiel até que a morte os separe.
 
Certamente isso não é em vão, muito menos brincadeira. Pois diante disso, a pessoa escolhida aceita abrir mão de tudo, entregando-se de corpo e alma. Ou seja, não somente a vida material, mas também a vida espiritual da pessoa escolhida passa a estar intrinsecamente ligada a sua responsabilidade. Porque, a partir de então, passa a depositar toda a sua confiança, dedicação, força e investimento emocional no mais célebre projeto de vida que um (a) cristão (a) pode assumir em toda a sua existência.
 
Deixando o aconchego da casa de seus pais, onde, na maioria dos casos, teve até então, fundamentada toda a sua estrutura afetiva, emocional, social, espiritual e até financeira, para se lançar num mundo desconhecido, diferente e previsivelmente desafiador; Simplesmente porque teve a ousadia de confiar na sinceridade absoluta daquele (a) que assume perante todos, estar contigo na longa e árdua batalha da vida, até a sua consumação.
 
Até quando, já decorridos os dias, meses, anos e décadas, se encontrarem então amadurecidos, preparados, conscientes da missão cumprida e felizes por haver tido uma jornada abençoada por Deus, partindo então em paz.
Não há, nesse contexto, espaço para a irresponsabilidade e a desonra.
 
Doação: É preciso doar muito de si. Seu tempo, sua atenção, seu carinho, afazeres domésticos, compromissos financeiros, etc. É preciso buscar satisfazer as necessidades do cônjuge, em todos os sentidos. Muitas vezes você terá que ceder. Abrir mão de muitas coisas que poderia ser importante para você. É necessária grande capacidade de acolhimento e hospitalidade.
 
Parceria: Casamento é sem dúvida, uma genuína parceria estabelecida entre o casal. Como toda parceria, precisa ser boa para os dois lados. Portanto não basta focar apenas a sua satisfação pessoal. É preciso olhar com muita responsabilidade para o outro lado. Você tem a incumbência de contribuir incansavelmente para a felicidade de seu cônjuge.
 
Investimento: O casamento deve ser o projeto maior na vida de um cristão. E como tal,  exige altos investimentos. É necessário muito investimento afetivo, compassivo, compreensivo, muita paciência, ciência, transparência, respeito, financeiro é claro, e muito mais.
 
Como todo investimento, este também requer resultados positivos. E certamente eles virão em abundância. Será preciso porém, paciência para esperá-los e habilidade para apreciá-los. Pois não virão em forma de um grande anuncio impactante, mas estarão como partículas minúsculas a flutuar em toda a atmosfera conjugal e familiar, contagiando ainda aqueles que, de uma forma ou de outra, fazem parte do universo do casal.
 
Entretanto, o grande resultado desse investimento ainda está por vir.
 
A perseverança na busca pela vida eterna, através da retidão dos seus atos, proporcionará a felicidade mútua e convivência harmoniosa, apesar de todos os percalços. Encontrarão pedras no caminho. Será preciso removê-las.  No belo jardim da vida matrimonial, certamente encontrarão os espinhos, muitos espinhos. É preciso muito cuidado para se livrar deles.
 
O resultado desse investimento será quando, puderem olhar para traz e contemplar uma historia cheia de vitórias. Se porventura não tiverem sido agraciados com filhos, a vida do casal é o que basta para a grande vitória. Se, porém, estes vierem, cada um deles será uma vitória a parte. Vindo então os netos, certamente todo sentimento de gratidão e vitória se transcende as nossas maiores expectativas. Será quando,  olhando para traz,  não conseguir enxergar nada de que se arrependa de ter feito. Contemplando então uma linda historia, construída com muito esforço, porem repleta de felicidade e gratidão.
 
O grande resultado, porém, será quando então, cada um por sua vez for chamado a receber por herança a vida eterna. Irmão (a), imagine se no meio do caminho, você se colocou como pedra de tropeço, impedindo que seu cônjuge prosseguisse nessa viagem.
 
Humildade / Submissão: Jamais alguém pode querer ser superior ao seu cônjuge. O Amor Incondicional proporciona a igualdade entre ambos.

Observamos que segundo os princípios cristãos, não existe o “Eu” superior. Todos nós devemos considerar o nosso próximo como superior.

Paulo escreveu: - Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. 

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,

Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;

E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.  -
Aos Filipenses 2.3:8:

     Em um casal, naturalmente o cônjuge é o próximo mais próximo.
 
Apostolo Paulo recomendou: -

22 Vós mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos como ao    Senhor.”

23 “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja, sendo Ele próprio o salvador do corpo”.

      25 “Vós maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a Si  mesmo se entregou por ela”.

28 “Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama a si mesmo”.

29 “Porque nunca ninguém aborrece a sua própria carne, antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor a Igreja”. - 
Aos Efésios 5
 
O Apóstolo requeria das mulheres que fossem sujeitas, ou submissas, aos seus maridos, mas requeria também dos maridos que amassem as suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja. E amou de tal forma que se entregou a si mesmo por ela. Aceitou ser crucificado por esse amor.
 
Se o marido ama a esposa verdadeiramente, jamais será autoritário, violento ou inescrupuloso. Será sim um companheiro e amigo. Assim, a submissão da esposa ao marido se resume a igualdade entre ambos. Será uma tarefa suave e agradável, e consequentemente, todos serão beneficiados.
 
Cumplicidade: A transparência em todos os nossos atos é fator imperativo. Assim, não deve haver segredos no matrimônioTodos os assuntos pertinentes a vida do casal, precisa ser compartilhado entre ambos. Entretanto, cada um por sua vez, precisa ter ciência no tratamento das confidencias conjugais.
 
Prudência: Necessário se faz o bom senso com as companhias. Confidências jamais devem ser compartilhadas com terceiros.  Momentos a sós com pessoas do sexo oposto precisam ser evitados. Jamais faça ou aceite comparações. Feche as portas ao inimigo.
 
Maturidade: É preciso haver maturidade em todas as nossas ações dentro do matrimonio. Não podemos agir com ingenuidade.
Se porventura se depararem com alguma dificuldade, de qualquer natureza, deve usar a sua maturidade e com ciência, aplicar todos estes ingredientes, buscando juntos a Instrução e Sabedoria Divina para discernir o rumo a ser tomado na solução imediata e eficaz desse problema.
 
Aplicando estes mesmos princípios, é hora de avaliar se precisam recorrer a ajuda externa. É preciso não vacilar nessa hora. Jamais deve se deixar abater pelo medo, pelo receio, pelo acanhamento, pelo orgulho ou por outros motivos que venham a fazer com que se atrofiem em seu “casulo” e quando se dá conta é tarde demais.
 
Certamente o seu matrimonio, a sua família, a sua honra e a sua vida eterna, valem muito mais que qualquer pretexto.
 
Devemos entender e reconhecer, que todos nós estamos sujeitos a nos deparar com momentos difíceis. Momentos em que podemos precisar recorrer aos nossos irmãos para que venham ao nosso encontro e nos ajude a vencer a barreira. Para isso, temos a família e temos a igreja. Nossos “pastores” precisam estar de prontidão para imediatamente saírem em defesa e proteção de suas ovelhas.
 
AltivezDevemos ser fortes e valentes. Lutar com veemência na perseverança e na proteção do nosso matrimonio. Custe o que custar. Muito depende dele a nossa vitória. A vida eterna.
 
Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgarás. Hebreus 13:4
 
Com esta abordagem, espero poder contribuir minimamente para a nossa edificação em Cristo, no fortalecimento dos laços matrimoniais, meu e de todos os casais que cultivam esta mesma fé em Cristo Jesus, nosso Senhor.
 
Que as  Bênçãos do Altíssimo opere em nossos corações.
A Paz de Deus a todos.

Tiago de Oliveira
Março/12
 
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