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Espiritualidade - Enfrentando os Desafios da Vida Moderna

20 de Dezembro de 2013

Escrito por Autores Diversos - Campinas   
20-Dec-2013
sadoutrina.org - Bibioteca Digital - Trabalhos
 
INTRODUÇÃO, 
OS FRUTOS DO ESPÍRITO,
AMOR AO PRÓXIMO,
PAZ DE ESPÍRITO,
FÉ, 
MANSIDÃO, 
PERDÃO, 
HUMILDADE, 
ALEGRIA/GOZO, 
MISERICÓRDIA, 
GRATIDÃO, 
MAIS ATRIBUTOS, 
CONCLUSÃO

 
INTRODUÇÃO

          Quando falamos sobre a espiritualidade, logo nos vêm... 
 
        ... à mente as comunicações espirituais realizadas em nossos cultos, mas será que a espiritualidade se resumiria apenas em nosso desenvolvimento nos cultos espirituais? Para nós, crentes da Sã Doutrina,  a espiritualidade deve vir bem antes de tudo isso, pois é através de nossa Espiritualidade – inspiradora de nossa maneira de agir e de se comportar – que atingimos um estágio compatível com o desenvolvimento de nossos dons espirituais, inclusive nas comunicações.
       Sendo assim, devemos, em primeiro lugar, transformar-nos em seres espirituais por completo, para adquirirmos plenas condições de desenvolver os dons espirituais concedidos por Deus e é por isso que, neste trabalho, vamos tratar bastante das características mais marcantes do homem (e da mulher) espiritual, começando por uma breve definição do termo Espiritualidade, a saber: a qualidade da nossa vida espiritual; o progresso dos valores espirituais.

         Existem dentro de nós duas forças constantemente em luta, uma de Deus e outra de Satanás.
       “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.”  Gálatas 5:17

       Todos nós possuímos um corpo material e em cada corpo a alma, que é a vida. Além da alma, existe o espírito que vem de Deus. No final desse processo, quando a vida deixar de existir, o corpo material volta ao pó da terra e o espírito volta para Deus. As escrituras nos afirmam que aqueles que fizerem o bem seguirão para a vida e o descanso eterno e os que fizerem o mal seguirão para o castigo e o desprezo eterno.

       “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno.” Daniel 12.2
       Se, durante a nossa vida aqui neste mundo, procurarmos fazer a vontade e o desejo de Deus, podemos ter a certeza de que, quando deixarmos deste mundo, o Senhor nos conduzirá para a nova morada, a qual ele mesmo tem preparado no Céu.
       Se fizermos, porém, o contrário de tudo isso, satisfazendo somente o desejo de satanás, ao  final, quando deixarmos deste mundo, o Senhor haverá de nos conduzir para o castigo e o desprezo eterno.
       Portanto, para nós alcançarmos este objetivo maior, ou seja, a nossa morada celestial com o Senhor Jesus Cristo, temos que nos apresentar como Espirituais e isto só nos será possível se desenvolvermos, nesta vida, a nossa Espiritualidade.

OS FRUTOS DO ESPÍRITO

       São muitos os atributos ou valores que compõem o perfil do homem e da mulher espiritual. Gostaríamos de apresentar uma receita completa, deixada pelo Apóstolo Paulo aos Gálatas, capítulo 5, versículos 22 aos 26, assunto este de grande importância para que possamos ir aprendendo, crescendo e desenvolvendo  nossa Espiritualidade.
       “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.”
       “Contra estas coisas não há lei.”
       E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
       Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.Gálatas 5:22-26

       Nos evangelhos também encontramos orientações de extrema importância, as quais nos foram apresentadas diretamente pelo Senhor Jesus Cristo, em sua passagem pela Terra, ministrando aos seus discípulos. Dentre estes ensinamentos relatados na Bíblia, destacamos os seguintes:
- A Misericórdia,
- O Perdão; 
- A Humildade,
- Caridade;
       Todas estas características e várias outras formam o Homem  e a Mulher Espiritual, e quando nos tornamos espirituais ou agimos com a espiritualidade que Deus nos requer, passamos para um estágio de ampla confiança na proteção do nosso Senhor.
       Vejamos um exemplo no antigo testamento, dentre muitos citados, onde o Rei Davi demonstra uma grande confiança e fé no Senhor Deus Vivo.
       “Então falou Davi aos homens que estavam com ele, dizendo: Que farão àquele homem, que ferir a este filisteu, e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” I Samuel 17:26
       Vejamos, no exemplo acima, que, se um homem realmente entregar a sua vida nas mãos do SENHOR, não há o que temer, e sim esperar o tempo de DEUS.
       Um homem espiritual é consciente da sua missão na SÃ DOUTRINA e sabe que, além de ser um homem que não é escravo dos seus desejos carnais, ainda tem a consciência do seu trabalho para com os espíritos, ou seja, tem um preparo para enfrentar situações onde um homem material se turbaria muito, pois sabendo que estamos rodeados de forças espirituais que pretendem destruir a obra de DEUS, ele se prepara para esta grande luta.
       É muito importante que paremos para observar nossos sentimentos, pois eles são necessários para nosso crescimento espiritual, inclusive os sentimentos ruins, pois servem para sermos provados, e é aí que entra o homem espiritual, pois ele tem o domínio sobre estes sentimentos e não pode ser manipulado por eles.

AMOR AO PRÓXIMO

       Não podemos falar de Amor ao Próximosem antes definir quem são os nossos próximos. Por que AMOR todos nós sabemos que é um sentimento bom, mas se temos que amar o nosso PRÓXIMO, precisamos saber quem é o nosso próximo.
       A palavra próximo dá a impressão de que estamos nos referindo somente àqueles que conhecemos, ou seja, nossos amigos, parentes e etc., mas o Amor de Jesus foi para com todos, inclusive com aqueles que Ele não conhecia. Assim terá de ser o nosso amor para com amigos, vizinhos, parentes, conhecidos e também para com aqueles que nunca vimos antes e que porventura, num determinado momento, cheguem até nós em busca de ajuda.

Amor ao Próximo: eis um sentimento, ou prática, dentre os mais nobres recomendados pelo Senhor Jesus. Na verdade, foi apresentado pelo Mestre como um dos dois mandamentos mais importantes a serem observados pelos servos cristãos. E essa recomendação foi reforçada em muitas ocasiões, descritas em diversas passagens das escrituras.
Uma dessas indicações pode ser verificada em Mateus 22:35 ao 40, quando um doutor da lei perguntou a Jesus qual era o grande mandamento da Lei.

       “E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo:
Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
       E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
       Este é o primeiro e grande mandamento.
       E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
       Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mateus 22:35-40
       Em Lucas 10:25-37, quando outro desses doutores perguntou a Jesus o que fazer para herdar a vida eterna e em seguida perguntou quem era o seu próximo, o Senhor respondeu-lhe contando a parábola do Bom Samaritano.
       “E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
       Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
       E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.” Lucas 10:35-37

       Podemos notar uma grande quantidade de exemplos bíblicos onde o Amor ao Próximo é colocado em prática, principalmente através do próprio Senhor Jesus, que deu a sua vida em favor de todos nós. Vamos mencionar, porém, algumas obras praticadas por gentios, como o Centurião Cornélio.
       “E havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana,
       Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus.“ Atos 10:1-2
       Quanto à aplicação desse precioso Mandamento em nosso dia a dia, temos orientações muito claras ao longo de toda a Escritura, como por exemplo em Romanos 13:8 a 10, I João 3:23 e João 15:12, entre várias outras. 
       “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
       Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
       O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.” Romanos 13:8-10
       “E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.” I João 3:23
       “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei." João 15:12

       Foram-nos  apresentados muitos exemplos e ensinamentos bíblicos que nos exortam a praticar o amor ao próximo. Trazendo esse assunto para os dias atuais, como praticar este amor ao próximo?
       Em nossos relacionamentos pessoais, na escola, na família, no trabalho e em nossa comunidade, temos oportunidades variadas de mostrar o que aprendemos e também de colocar em prática esses valores; desde a divisão de um lanche com um colega, o respeito e a prioridade aos idosos, no trânsito, visitando a alguém doente ou até mesmo suprindo a carência de pessoas necessitadas ou angustiadas diante de suas dificuldades.

       Amar ao próximo é desejar a ele o mesmo que desejaríamos a nós. Então, olhemos para dentro de nós mesmos e façamos uma reflexão, depois olhemos para todos os lados e vejamos se somos capazes de desejar às pessoas ao nosso redor tudo o que desejamos para nós. Ainda mais, compartilharíamos com estas pessoas tudo o que temos? Compartilharíamos das dores e angústias delas? A nossa resposta é que definirá como está o nosso grau de amor para com o próximo.

PAZ DE ESPÍRITO

       Eis um grande fruto que vem de Deus. Paz de consciência, eis a maior dádiva que Cristo dá aos que nele creem. A paz de Espírito, somente quem possui são aqueles que o conhecem. Em João 16:33, Jesus disse:
       “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João 16:33
       O homem que não conhece a mensagem da palavra de Deus vive uma vida intranquila e afligida pela insegurança em todos os sentidos. Despido da paz espiritual, o homem estremece, grita, empalidece e pode lançar-se em uma vida de desgraças e desesperos.
       A paz de espírito é fruto da fé no Senhor e Salvador Jesus Cristo. De que adiantam  a saúde, o amor, o talento, o poder, a glória, a fortuna, sem a tranquilidade e a paz de espírito ?
       A perturbação, a angústia, as dissensões, a discórdia e o desânimo apenas entram na alma do homem quando é violada a paz, que é a ordem perfeita. A Paz, a verdadeira paz social e espiritual, pertence apenas aos Filhos de Deus, porque o Reino de Deus é justiça e paz.
       “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” Romanos 14:17                                                                                  
       A paz da consciência, a paz da alma é concedida apenas àquele a quem Cristo se apresenta com a saudação: paz seja convosco!
       Lembramo-nos dos escritos sobre os apóstolos, e os dois discípulos de Emaús e os muitos outros seguidores de Jesus, que se encontravam por detrás de portas fechadas. Refugiavam-se da ira, do ódio e das perseguições dos fariseus, escribas e doutores da lei. Tristes e angustiados, choravam a morte de seu mestre. Discutiam entre si sobre a sua fuga no getsêmani, o seu fracasso e sobre a incerteza de sua vida futura. Sem a presença do redentor. Mas Cristo, que não permaneceu no sepulcro e que sabia do estado angustioso dos seus discípulos, entra pelas portas fechadas com a cordial saudação: paz seja convosco!
       O mundo de hoje necessita e procura a paz. E a paz não está longe de cada um de nós. Esta paz pode ser encontrada unicamente junto do príncipe da paz, Jesus Cristo.

       “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaías 9:6
       E este Jesus tem imenso prazer em dar a sua paz. Ele disse:
       “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” João 14:27 
       “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”
       Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
       O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco. Filipenses 4:7-9

       O resultado de praticar a comunhão com Deus em oração é que desfrutamos a paz de Deus, que é, na verdade, Deus como paz infundido em nós mediante a nossa comunhão com ele pela oração, como algo que faz contrabalançar os problemas, reduzindo a ansiedade.
       A paz de Deus faz patrulhas em  nossos corações e em nossos pensamentos em Cristo, mantendo-nos calmos e tranquilos. O Deus de paz é a fonte de todas as coisas mencionadas aqui. Pela nossa comunhão com ele e tendo-o conosco, todas essas virtudes resultarão na nossa vida. Procura a paz e empenha-te por alcançá-la, recomenda o Salmista Davi.
       “Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-a.”  Salmos 34:14 

       Todo aquele que ouve e guarda as Palavras de Jesus encontrou aquilo que sua alma anseia: à Paz de espírito segue o perdão dos pecados. A paz que tua alma necessita apenas pode ser encontrada no Cristo ressuscitado, que diz: paz seja convosco! Cristo que perdoou os nossos pecados, agora diz: deixo-vos a paz, A minha paz vos dou.
 
       “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco.”  II Coríntios 13:11



       Acreditamos que a melhor definição para a Fé pode ser encontrada em Hebreus, Capítulo 11:1, onde está escrito:
       “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.”
                                                                                                                                                                              .      
O Versículo é de difícil compreensão para aqueles que não possuem o auxilio do Espírito Santo para entendimento, mas para os que compreendem o objetivo de Deus é muito simples, pois sabemos o que esperamos e só veremos essas coisas se alcançarmos o objetivo, que é a salvação.
       Tiago também falou que a Fé, sem as obras, é morta.
       “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?”  Tiago 2:14

       Quando dirigimos os nossos olhos às grandes obras que fez o Senhor, a criação do Céu e da Terra, do próprio Homem e de todos os animais, o fazemos com fé. E há muito mais, pois o Senhor permitiu que os homens realizassem grandes obras através da Fé e isso aconteceu tanto no passado como na era Cristã. Não poderíamos esquecer da Fé que teve o nosso patriarca Abraão que ofereceu seu filho Isaque, não negando a Deus um sacrifício. E da conversão do Apóstolo Paulo no caminho de Damasco, quando o Senhor Jesus Cristo apareceu para ele, momento este em que sua fé alcançou o grau máximo e ele creu verdadeiramente no Senhor Jesus Cristo.
 
       “E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
       E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
       E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
       E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
       E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
       Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
       E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
       E os homens, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém.
      E Saulo levantou-se da terra, e, abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco.
       E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.”  Atos 9:1-9

       Da mesma forma isto acontece nos dias de hoje: quando o Homem aceita o Senhor Jesus Cristo como seu único Salvador, renuncia a todas as coisas que satisfazem a sua carne no momento presente em que vive e faz um compromisso com o Senhor Jesus Cristo de ser fiel a ele até a morte, porque através da Fé almeja um dia herdar a vida eterna com o Senhor.

MANSIDÃO

       Desde o princípio, o Senhor escolheu para liderar o seu povo, nas diversas missões que tinha que enfrentar, pessoas mansas e humildes de coração. A Bíblia destaca essa virtude em alguns dos homens de Deus, como Moisés, que foi considerado a pessoa mais mansa que havia sobre a terra (Números 12:3).
       “E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.” Números 12:3
       Davi também foi um exemplo neste sentido, pois, mesmo sabendo que seria o próximo rei, aceitou muitas injustiças de Saul, sem entrar em conflito.

       Segundo o dicionário, mansidão significa brandura de índole ou gênio, serenidade, tranquilidade, calma. Em definições mais informais, é considerado um estado de espírito de quem tem controle e domínio sobre o seu temperamento e atitudes, paciência. Nota-se que essa é uma virtude cada vez mais rara e totalmente oposta ao que é exigido das lideranças do mundo, onde se buscam pessoas agressivas e ambiciosas, que não medem esforços para vencer, mesmo que isso implique na derrota de outrem.
       Porém, para o seu povo, Deus requer uma postura diferenciada: um povo que saiba defender seus ideais com sabedoria, sem entrar em conflito, conforme instrução do apóstolo Paulo em II Timóteo, capítulo 2, versos 24 e 25:

       “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;
       Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,”  II Timóteo 2:24-25     
                                           
       Muitos consideram mansidão uma característica de pessoas fracas, sem personalidade, incapazes de enfrentar situações conflituosas. Porém, o próprio apóstolo Paulo é um exemplo de que essa consideração não é válida, pois foi um homem ousado, grande defensor da palavra de Cristo e ao mesmo tempo manso, sofrendo às mãos das diversas igrejas que fundou e de seus compatriotas.
       Por fim, Jesus Cristo, o maior exemplo de mansidão: Ensinava, repreendia e instruía multidões, mas não entrava em conflitos, não precisava erguer seu tom de voz e nem perdia o controle diante das diversas provocações e insultos, orientando-nos a seguir o seu exemplo: 
       “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Mateus 11:29        
                                   
PERDÃO

       Durante a sua missão neste mundo, Jesus deu grande ênfase à importância de perdoarmos o nosso próximo em todos os momentos de nossas vidas, sem quantificar, nem impor condições para isso. Ele mesmo foi humilhado, maltratado, injuriado, muito mais do que qualquer um de nós e, no auge do seu sofrimento, ao invés de desejar o mal para os que o rejeitavam, clamou a Deus:
       “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Lucas, 23:34                        

       No capítulo 18 de Mateus, verso 21, Pedro questionou o Senhor sobre o número de vezes que deveríamos perdoar o nosso irmão:
       “Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?” Mateus 18:21
       Vejamos que Pedro sugere “Até sete?”, supondo que já estaria sugerindo um número alto. Jesus, porém, demonstra, com sua resposta, que não há limites para o perdão:
       “Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.” Mateus 18:22

       A seguir, pela parábola do credor incompassivo, nota-se o quanto é triste o fim daqueles que não sabem perdoar. Nela, Jesus compara o Reino dos Céus a um rei que teve compaixão de um de seus servos, absolvendo-o de uma grande dívida. Porém, este servo não teve a mesma misericórdia para com o seu conservo, que lhe devia um valor bem menor. Quando o rei soube disso, ficou muito indignado e entregou aquele servo malvado aos atormentadores até que lhe pagasse tudo o que devia.
       Jesus morreu na cruz para remissão de nossos pecados e, até hoje, dia após dia, nos tem perdoado as inúmeras falhas que cometemos. Porém, para sermos dignos de sua compaixão, temos que agir da mesma maneira para com nosso próximo.
       “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;
    Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” Mateus 6:14-15                                
       Paulo também nos orienta:“Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.” Eféios 4:26
 
       Não podemos permanecer irados, magoados ou ofendidos com o nosso próximo. O homem espiritual sabe relevar e compreender. Sabe valorizar os pontos positivos das pessoas ao seu redor e as boas atitudes por elas já realizadas.
       Sabe entender que, muitas vezes, as ofensas cometidas não são intencionais.
       Assim como todas as orientações de Jesus, que nos ajudam a alcançar a nossa tão sonhada morada espiritual, o perdão também nos ajuda a ter uma vida melhor aqui nesta terra. Afinal, como é bom deitar a cabeça no travesseiro e não ter nenhuma situação mal resolvida com ninguém! Como é bom chegar ao trabalho, à escola, à igreja ou a qualquer outro lugar e poder conversar com todos, sem constrangimento!
       Como é bom amar os nossos irmãos e só pensar nas coisas boas que eles nos fazem! Perdoar não é só um bem que fazemos aos outros, é um bem que fazemos a nós mesmos.
 
HUMILDADE  

   O exemplo perfeito desta postura foi dado por Cristo (a quem Paulo recomendou que seguíssemos), pois Ele, como Deus, abandonou as eternas alturas da majestade divina a que tinha direito e desceu às profundezas da miséria humana; nascendo em pobreza; passando sede, fome e sono; sofrendo escárnios e até a morte no calvário.
       ”Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
       Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
       antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
      a si mesmo se humilhou, tornando obediente até a morte e morte de cruz.” Filipenses 2:5-9
       Esta é a humildade propagada pelo Senhor Jesus: foi rico e se fez pobre; foi Deus e se fez homem; foi livre e se fez escravo; foi autor da vida e se deixou matar, por todos nós, para que fôssemos ricos, livres e vivos em espírito. Em razão de sua obediência e humilhação, Deus o exaltou e lhe deu um nome, que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus todo o joelho se dobre; nos céus; na terra e debaixo da terra; e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor.
       Em relação à humildade, tanto em Efésios 4.1-2, como em Colossenses 3.12, essa virtude é mencionada juntamente com a mansidão:
       “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,
       Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,”Efésios 4.1-2

       “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.”  Colossenses 3:12
       Devemos, então, exercitar essas virtudes em nossos relacionamentos com as pessoas, sem abandonarmos aquelas consideradas problemáticas, mas suportando-as em amor e essa é a expressão da vida.
       Sigamos, assim, os passos de Jesus, lembrando sempre que todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado por DEUS.

ALEGRIA E GOZO 

       Na carta de Tiago (1.2-3), observamos a orientação de manter a alegria mesmo sob o efeito de provas ou tentações, conforme está escrito: "Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações: sabendo que a prova de vossa fé obra a paciência”.
       Seguindo essa importante recomendação do apóstolo Tiago, favoreceremos o nosso fortalecimento espiritual, além de demonstrar um grande exemplo às pessoas de nosso convívio diário, as quais prestam atenção especial às nossas posturas ao saberem que somos crentes espirituais em Jesus.
       A Alegria é um estado de espírito através do qual se pode demonstrar àqueles que não são crentes o quanto somos felizes por seguir o caminho do Senhor. Isso é muito importante! Temos observado conversões à Sã Doutrina, graças a esse tipo de comportamento.

       Vejamos o contido em Atos 2.46: "E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,". Desse modo podemos notar a alegria dos Cristãos unidos logo após as primeiras conversões em Cristo.
       Diariamente, nos relacionamentos com muitas pessoas, nos mais diversos ambientes sociais, como na escola, no trabalho, na Igreja ou em algum tipo de evento, verificam-se ocasiões em que a demonstração de nosso contentamento poderá chamar a atenção das pessoas. Poucas dessas pessoas se mostrariam dispostas a tomar como exemplo alguém que mal consegue disfarçar a tristeza ou o descontentamento.
       Temos outras passagens bíblicas que se referem à Alegria como uma característica dos justos, como por exemplo:
       “O justo se alegrará no SENHOR e confiará nele; e todos os retos de coração se regozijarão.” Salmos 64.10
       “Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria.” Salmos 68.03                                                                                                   
       “A luz semeia-se para o justo, e a alegria, para os retos de coração.” Salmos 97.11
 
MISERICÓRDIA 

       "Misericórdia quero, e não sacrifícios." Com essas palavras, proferidas inicialmente pelo Profeta Oséias (6.6) como sendo a verdadeira vontade do PAI, o Senhor Jesus repreendeu alguns fariseus que o criticavam por sentar-se à mesa com pecadores e publicanos. Disse mais o Mestre: "... não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento".
       Tudo isso faz muito sentido (e não poderia ser diferente, por se tratar de ensinamentos do Filho de DEUS), uma vez que, se criticarmos ou excluirmos alguém de nosso convívio em virtude de apresentar eventuais falhas ou fraquezas, estaremos condenando tais pessoas, sem que tenhamos poder para isso. Vejamos que nem o próprio Jesus o fez.

       A misericórdia foi praticada e recomendada especialmente por JESUS, mas também por vários de seus discípulos, principalmente pelo Apóstolo Paulo, que deixou importantes escritos a respeito nas Escrituras.
       Nos dicionários vemos que a misericórdia pode ser definida como um SENTIMENTO, de pesar ou compaixão, causado por situação de intensa dor ou miséria alheia. No entanto, entendemos que esse sentimento precisa se fazer acompanhar de alguma ação positiva em favor da pessoa por quem se sente alguma compaixão. Assim, a misericórdia também pode, e deve, ser considerada uma prática.

       Vejamos o contido em Êxodo 20.06, por ocasião da apresentação dos 10 Mandamentos da Lei: "...E FAÇO MISERICÓRDIA EM MILHARES, AOS QUE ME AMAM E GUARDAM OS MEUS MANDAMENTOS". O SENHOR DEUS NOS DÁ UM EXEMPLO DE QUE A MISERICÓRDIA DEVE SER PRATICADA.
       DAVI confiava tanto na misericórdia do PAI, que escolheu passar provações em suas mãos, ao invés de enfrentar seus inimigos, como podemos ler em 2 Samuel, quando Deus quis castigá-lo por sua desobediência:

       24.12 “Vai e dize a Davi: Assim diz o SENHOR: Três coisas te ofereço; escolhe uma delas, para que ta faça.”
       24.13 “Veio, pois, Gade a Davi e lho fez saber, dizendo: Queres que sete anos de fome te venham à tua terra? Ou que, por três meses, fujas diante de teus inimigos, e eles te persigam? Ou que, por três dias, haja peste na tua terra? Delibera, agora, e vê que resposta hei de dar ao que me enviou.”
       24.14 Então, disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do SENHOR, porque muitas são as suas misericórdias; mas, nas mãos dos homens, não caia eu.
       Já em Mateus 5.7, o Senhor JESUS avisa: "Bem-Aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão a misericórdia." Nós dependemos da misericórdia de DEUS para a nossa salvação, uma vez que não somos perfeitos e carregamos, uns mais e outros menos, faltas e fraquezas. A partir do momento em que julgarmos o comportamento de alguém, estaremos supondo a existência de limites para a ação da misericórdia do PAI em relação a essa pessoa. Esses mesmos limites poderão ser colocados como válidos também para nós, ou pessoas próximas, em outras ocasiões.
       Tal assunto fica mais claro em Mateus 12.7, quando JESUS volta a se referir à vontade do PAI, expressa em OSEIAS, dizendo: "Mas, se vós soubesseis o que significa Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis inocentes.". Tiago (2.13) é mais direto: "Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo".
 
GRATIDÃO  

       Se desejamos expressar a nossa gratidão a DEUS, por tudo o que Ele nos concede, então podemos começar bendizendo o seu Santo Nome, conforme Salmos 134.1:
       134.1 “Bendizei ao SENHOR, vós todos, servos do SENHOR, que assistis na Casa do SENHOR, nas horas da noite;
       DEUS espera a gratidão de seus filhos, seja pela sua proteção, seja pelas muitas bênçãos que Ele derrama sobre nós constantemente. Às vezes não percebemos, mas certamente temos sido agraciados pela sua misericórdia e é por isso que lhe devemos ser gratos, sempre.
       Todos aqueles que reconhecem em DEUS o seu Senhor e dele se consideram servos, devem manifestar a sua gratidão ao Pai. Conforme orientação do Apóstolo Paulo em sua carta aos Colossenses (3.16):
      “Habite, ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.”
       Por outro lado, a ingratidão foi um defeito encontrado em algumas pessoas que conviveram com o Senhor Jesus. O exemplo maior veio de Judas, o apóstolo ingrato que o traiu, em uma passagem que culminou com a prisão do Mestre, logo após ser denunciado aos que o perseguiam. Vamos confirmar tudo isso em Mateus 26.47-50:

       26.47 “Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo.”
       26.48 “Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-o.”
       26.49 “E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou.”
       26.50 “Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o prenderam.”
       No evangelho de Lucas (cap. 17) também é relatada uma famosa manifestação de ingratidão: A caminho de Jerusalém, quando passava por uma aldeia, Jesus foi chamado, de longe, por dez leprosos que suplicavam por sua cura. E acabaram sendo atendidos pelo Senhor, após se apresentarem ao sacerdote, de acordo com a orientação do Mestre. Entretanto, apenas um deles se lembrou do agradecimento e voltou para perto de Jesus, dando glória a DEUS. Esse fato ficou registrado assim:
17.17 “Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?”
       Podemos dizer que a ingratidão provoca uma dor muito forte, que cala profundo na alma, revelando egoísmo, vaidade, orgulho e falta de educação.
       Devemos lembrar, sempre, que DEUS é o nosso Senhor; libertou-nos da escravidão do pecado, dos horrores da morte e dos açoites de satanás. Jesus Cristo pagou por nós, servos redimidos, um preço elevado e por isso confessamos, agradecidos, creio que Jesus Cristo é o meu Senhor, que remiu a mim, homem perdido e condenado.
       Portanto, vamos manter sempre vivo em nossos corações o sentimento da gratidão, exercitando-o em nosso dia a dia, em nossas orações e, mais do que isso, colocando em prática os ensinamentos do Senhor Jesus, talvez a melhor forma de agradecimento que podemos apresentar ao Pai e ao Filho.
 
        MAIS ATRIBUTOS DA ESPIRITUALIDADE
       Se continuássemos a tratar do assunto, ainda haveria muitos atributos próprios do ser espiritual que poderiam mencionados nesse trabalho. Vamos destacar mais alguns:
      
       LONGANIMIDADE
        Longanimidade é a capacidade de sermos infinitamente pacientes, isto é, suportar constantemente as ofensas do outro sem explodir, irritar-se e, ainda, sempre pronto para perdoar quantas vezes necessário.
       Às vezes, quando acontece alguma coisa ruim em nossas vidas ou, por exemplo, um problema difícil de ser resolvido, logo dizemos que o tempo se encarregará de resolver. Porque não dizer assim? Com muita Paciência e Longanimidade resolveremos tudo.
       Apóstolo Paulo escreveu em Romanos 9:22, dessa forma: “Que diremos, pois, se Deus querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição?”.
       Ainda sobre esse assunto, na história de Noé, no capítulo 6 de Gênesis, intitulado “A corrupção do Gênero Humano”, no versículo 11, disse Deus: A terra está corrompida e cheia de violência. Ao lermos estas histórias percebemos que Deus foi muito paciente e longânime com o homem, que ele mesmo havia criado à sua própria semelhança, mas dia chegou ao extremo de resolver acabar com este.
       Portanto, anunciou o Dilúvio e esperou pacientemente até que Noé concluísse a construção do grande Navio, chamado de Arca (Não encontramos com precisão quanto tempo durou a construção da Arca). Portanto, ser Paciente ou Longânime é mais uma importante característica para o desenvolvimento da nossa Espiritualidade.
 
       CARIDADE
       A palavra Caridade, na tradução Grega, significa Amor. Um sentimento que deve ser empregado tanto a Deus como ao próximo. Quando nos referimos a Deus, trata-se de sermos realmente fiel a ele em tudo por tudo, tanto na observação dos 10 MANDAMENTOS,  quanto na observação do MANDAMENTO NOVO que o Senhor Jesus Cristo nos indicou quando veio a este mundo, conforme ele mesmo deixou escrito noEvangelho de Marcos (cap. 12:30,31) ao responder a um escriba que lhe perguntara sobre o mandamento considerado o mais importante:
       “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda atua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro maior do que este.”
       O Apóstolo João, em seu evangelho, registra essa necessidade, reproduzindo no cap. 13:34,35 as palavras de Jesus: “Um Novo Mandamento eu vos dou; que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.
 
      TEMPERANÇA
       A temperança, que também pode ser considerada como auto domínio/auto controle, é uma virtude dada pelo Espírito Santo aos crentes, homens e mulheres Espirituais,  elevando-os acima dos desejos carnais (sensuais), conforme descrito nas escrituras em Atos cap. 24:25, quando Paulo tratou com Felix sobre a justiça, a temperança, o domínio próprio e o juízo vindouro, e aquele, espavorido, respondeu: “por agora vai-te, e em tendo oportunidade te chamarei.”
       O Apóstolo Pedro também cobrou dos Cristãos essas mesmas virtudes, no capítulo 1.6 de sua segunda carta:
       1.6 com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade;
       Paulo cobrou a mesma coisa das pessoas idosas para quem ele pregava, conforme está escrito:
       2.2 Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância.
 
CONCLUSÃO 

Assim, chegamos ao final de nossa análise sobre os vários componentes do perfil que caracteriza um homem ou uma mulher espiritual. Poderíamos continuar tratando desse assunto por um bom tempo, pois a Bíblia é um reservatório inesgotável de orientações e ensinamentos propícios ao desenvolvimento dos crentes, sob todos os aspectos.
       Contudo, precisamos voltar ao nosso objetivo principal que é a efetiva preparação dos seguidores da Sã Doutrina para uma participação plena nos cultos espirituais, conforme discutimos no início desse trabalho.
       Estamos convictos de que, uma vez revestidos das qualidades aqui mencionadas, estaremos aptos para aquela que é a nossa maior missão enquanto vivermos nesse mundo: a prática das comunicações espirituais. E agora sabemos, ou fomos relembrados, da importância de cada uma dessas características, as quais devem ser buscadas incansavelmente, em todos os momentos, em todas as nossas ações e em todos os nossos relacionamentos. 

ELABORAÇÃO: 

JOSÉ FATUCH JÚNIOR - fatuch@uol.com.br
MOISES PACHECO DE OLIVEIRA - moises.pacheco@ig.com.br
SIMONE LARA FATUCH - sifatuch@yahoo.com.br
LEANDRO DE ALCÂNTARA MAZANO - leandro.mazano@gmail.com

REVISÃO: 

SERGIO FRANCISCO DAS NEVES - neveselima@uol.com.br
ANANIAS PADOVAN - ananias.padovan@gmail.com

 
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