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Maria: a Mãe do Salvador

Escrito por Reunião das Moças - Min. Jd. S. Cristóvão   
21-Mar-2008
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MARIA: A MÃE DO SALVADOR
por édina macedo, mariza geraldino e roseli da silva lopes – 1991 - Campinas - SP
A sagrada escritura, desde as suas primeiras páginas, nos fala da mãe do Salvador. O seu primeiro aparecimento é comparado à aurora, que precede o surgir do sol, como a nuvem que alegra o agricultor à espera da chuva benéfica.
Nunca ela foi atingida pelo mal, nem mesmo nos primeiros instantes da sua existência. Desde os primeiros momentos da sua aparição, ela é toda pura, a única imaculada; a qual um dia o anjo a saudaria com estas palavras: - És cheia de graça, a mais santa entre todas as mulheres!
Os evangelhos nos apresentam Maria quando já estava para se tornar mãe de Jesus. Porém, parte do que iremos relatar agora foi tirado de um estudo dos livros chamados ‘Apócrifos dos evangelhos’, que tratam da tradição da vida material da virgem santíssima, que não é relatada com clareza na bíblia.
Seus pais foram Joaquim e Ana, da descendência de Davi. A fidelidade à lei de Deus e a intensa oração alcançaram os céus e através disso receberam o maior Dom jamais alcançado por outra família da terra.
Aquele humilde casal viu nascer em seu ler a mais bela de todas as criatura, A imaculada mãe de Jesus. 
Comovidos, os esposos ofereceram-no ao altíssimo, porque queriam que ela crescesse inteiramente consagrada a Ele.
Com a idade de três anos, Maria foi levada por seus pais a uma escola que ficava ao lado do templo de Jerusalém. Este era um costume que muitas famílias hebréias tinham naquele tempo; suas filhas, ainda em idade pequena, eram levadas à escola do templo para que ali fossem educadas na obediência à lei de Deus.
Naquele lugar, a ocupação das jovens e meninas era a oração, o estudo da sagrada escritura e os cuidados com a igreja e o culto. Assim, elas se preparavam para mais tarde constituir novas famílias, que deveriam continuar a tradição do povo de Deus.
Por isso Joaquim e Ana levaram Maria para a escola do templo. Era a providência divina que lhes guiava os passos para que, assim, num ambiente apropriado, ela pudesse preparar-se para a grande missão à qual estava destinada por Deus.
No recolhimento do tempo, Maria ouviu o chamado do Senhor e compreendeu que a sua vida deveria ser toda consagrada a ele. Naquela época, era dever de cada donzela constituir uma família para maior grandeza do povo; mesmo assim, Maria ofereceu-se ao Senhor com um voto de perpétua virgindade, para poder somente servi-lo.
Mas, no devido tempo, Maria, pela providência divina, teve que ceder ao voto que fez e seguir a tradição de seu povo aceitando um esposo. Este foi José: Homem puro, que o Senhor também havia chamado para o seu caminho. E assim casaram-se Maria e José.
E depois disto, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, para falar com uma virgem casada com um varão, cujo nome era José,  e o nome da virgem era Maria.
E entrando o anjo onde ela estava disse: - Salve! És cheia de graça, a mais santa entre todas as mulheres. O Senhor é contigo! Na sua humildade, Maria perturbou-se com aquelas palavras que a engrandeciam tanto e pensou: - Que saudação seria aquela? Mas o anjo respondeu: - Maria, não temas, porque encontraste graça diante de Deus; eis que em teu ventre conceberás e darás luz a um filho e por-lhe-às o nome de Jesus. Este será grande, será chamado filho do altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó e seu reino não terá fim.
Maria perguntou ao anjo: - Como se fará isto, visto que não conheço varão? O anjo respondeu: - Descerá sobre ti o espírito santo e a virtude do altíssimo te cobrirá com a sua sombra e o santo que de ti há de nascer será chamado filho de Deus.
Comovida, ela inclina-se ao grande mistério e diz: - Eis aqui a sua serva, cumpra-se em mim segundo a sua palavra. Naquele momento, o  filho de Deus tomou forma humana e iniciou-se a formação daquele que habitaria entre nós e para nossa salvação.
Depois disto Maria foi visitar Isabel, sua prima, mulher de Zacarias, porque o anjo havia dito que na sua velhice e esterilidade Isabel ia ter um filho, para que todos soubessem que pra Deus nada é impossível. E estava Isabel no sexto mês de gestação.
Quando Maria entrou na casa de sua prima e a saudou, o semblante de Isabel se iluminou e a criancinha que estava em seu ventre saltou de alegria. Ela disse: - Bendita és tú entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre, como é possível ser-me concedido que a mãe do meu Senhor venha me visitar?
Maria ficou maravilhada, só uma revelação divina poderia ter feito Isabel conhecer o mistério, que estava se realizando em sua vida. Depois da anunciação do anjo, a ninguém ela havia contado seu segredo, nem mesmo ao seu esposo José. Sentiu em seu coração uma emoção tão grande quanto a que sentiu no momento em que o anjo fez a anunciação. Sentindo uma divina inspiração, Maria cantou um cântico de agradecimento a Deus: - Que olhou a simplicidade de sua serva, Ele que com o seu braço forte exalta os humildes e abate os soberbos. Todas as nações de geração em geração, me chamaram bem aventurada. Porque o Senhor fez as coisas grandes, santo é o seu nome!
Maria ficou com Isabel quase 3 meses, depois voltou para sua casa em Nazaré e preparava-se para o nascimento do menino Jesus.
Porém, quando José soube que sua esposa  ia Ter um filho sem que ele a houvesse conhecido como mulher, ficou turbado e tentou deixá-la secretamente, porque ele era um homem puro e não queria se contaminar com ela.
Mas, naquela noite, o anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e disse: - José, filho de Davi, não temas receber Maria por sua esposa, porque o que nela está gerado é do espírito santo.
Quando despertou do sonho José fez com o anjo ordenou e recebeu Maria, sua Mulher, mas não a conheceu até que o filho de Deus nascesse.
 “MARIA EM BELÉM”
O edito do imperador Augusto, que ordenava o recenseamento de todo seu império, foi o meio usado por Deus para conduzir Maria à cidade de Belém, porque segundo as profecias e os profetas, em Belém deveria nascer o Salvador, porque Belém era a cidade de Davi.
Depois da longa viagem, chegaram à cidade, mas, devido ao grande número de pessoas que vieram para os mesmos fins e também pela sua pobreza, não encontraram lugar nas hospedarias da cidade. Foram procurar um abrigo para passar a noite e encontraram uma gruta que no campo, em torno de Belém, servia de refúgio aos pastores e aos rebanhos e ficaram ali.
Assim, num ambiente de absoluta pobreza, viu à luz o salvador do mundo. Maria envolveu-o em uns panos e o deitou numa manjedoura.
Um anjo levou a notícia aos pastores, que no campo em volta das fogueiras, vigiavam seu rebanhos na noite. A glória do Senhor os cercou de resplendor e eles sentiram grande temor. Mas o anjo disse: - não temas, porque eis que vos trago boas novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é o Cristo, o Senhor! Acharás o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.
No mesmo instante apareceu uma multidão de anjos dos exércitos  celestiais louvando a Deus e dizendo: - Glória a Deus  nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!
Quando os pastores chegaram para ver o menino, contaram o que tinha acontecido, todos se alegraram maravilhados e Maria guardava estas coisas em seu coração.
Conforme a lei hebraica, ao 8º dia Maria foi com José levar o menino Jesus para ser circuncidado, pois o filho do altíssimo e sua mãe puríssima não deixaram de cumprir a lei, dando um grande exemplo de obediência.
Quando Jesus tinha doze anos de idade, foi com Maria e José a Jerusalém, na festa da páscoa. No caminho de volta, depois de um dia de viagem, José e Maria notaram com imensa dor, que Jesus não estavam com eles. Voltaram imediatamente à procura dele, preocupados porque sabiam pelas profecias que não lhe saíam da memória, a quantos perigos ele estava exposto.
Depois de três dias de desesperada procura entre parentes e amigos, encontraram-no no templo, ouvindo e interrogando os doutores da lei, com tanto sabedoria que todos estavam admirados. Disse Maria: - Filho, por que fizeste isso? Teu pai e eu te procurávamos angustiados.
Respondeu Jesus: - Porque procurar-me com ânsia? Não sabeis que eu devo estar onde se trata dos interesses do meu pai? E Jesus voltou com  eles para Nazaré, sujeito ainda a seus pais devido à sua pouca idade. Jesus era submisso a Maria e José e crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.
 A MORTE DE JOSÉ
Quando Jesus já estava próximo de começar sua missão de evangelização, morreu José. Aquele justo, que foi escolhido por Deus e que lhe foi confiada a mais alta missão de um homem simples da terra. Morreu quando Jesus já não sabia necessitava mais de uma pai terreno, pois este já estava para abandonar sua casa e levar à humanidade a palavra de Deus.
Uma grande dor acompanhou José nos últimos instantes de sua vida, a de deixar só sua esposa e o seu filho, que foram confiados pelo altíssimo para que Ele os protegesse. Mas apesar disso, nunca houve morte mais serena! Nos braços de Jesus e de Maria e na certeza de deixar seus entes queridos para breve os encontrar na glória!
Depois de muito sofrimento que passou Maria, por saber dos riscos que corria seu filho, teve ainda que suportar a dor de assistir a sua angústia final, a morte de seu filho amado Jesus Cristo.
E diante da dor de Maria, até mesmo os inimigos de Jesus se acalmaram e ela, amparada por outras mulheres, acompanhada também pelo apóstolo João, seu discípulo mais amado, conseguiu, afinal, aproximar-se da cruz em que se filho agonizava.
O olhar de Maria não se afastava do rosto de Jesus. Ele era seu filho e seu Deus. Nela estava todo amor e toda dor de uma mãe diante do filho morto. Jesus deu ainda um sinal de vida, seus olhos se encontraram com os da mãe e depois com os do apóstolo João e disse à Maria: - Eis o teu filho. E olhando para João acrescentou: - Filho, eis aí a tua mãe.
 
E neste momento, João, que representava toda igreja de Jesus, recebeu Maria em seu coração como se fosse sua própria mãe.
Maria ficou ainda ali aguardando os momentos finais da morte de seu filho, até que José de Arimatéia chegou para levá-lo ao sepulcro. Ao descê-lo da cruz, Maria recebeu em seus braços maternos o corpo já sem vida do filho divino. E abraçando-o, profundamente angustiada, compreendeu que sua missão havia terminado.
 
FIM 

Atualizado em ( 07-Mar-2014 )
 
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